Fala, rapaziada, perdão a demora... Tenho ficado sem internet e já tenho uns 3 post engatilhados pros próximos dias com programação pra evitar que o blog fique entregue às moscas até à próxima postagem de balanço.
O Investidor Concursado me perguntou em outro post como era minha carreira e resolvi ir mais a fundo nessa questão. Resolvi fazer um breve histórico da minha vida até aqui.
Não posso entrar em maiores detalhes pois, se assim procedesse, poderia, naturalmente, ser identificado uma vez que tenho uma história de vida bem peculiar. Tecerei comentários sobre como me tornei esse poupador aficcionado de forma mais direcionada.
Pois bem, vejam a imagem abaixo:
Esse cofre enferrujado foi meu presente de aniversário de 9 anos de idade. Sim, meus pais deram um cofre de presente pra uma criança como presente. Qualquer intelectual fajuto diria que seria uma grosseria ou algo do tipo mas hoje, dada a minha mentalidade e a possibilidade de contemplar o mar de lama que é a educação financeira do brasileiro médio, sou muito grato a Deus pelos meus pais.
Eles me falaram, gentilmente, que dentro desse presente eu poderia criar outros. É até engraçado lembrar que eu peguei, olhei, fechei ele e, fechando os olhos, disse "Quero um Playstation 1!"
Obviamente não apareceu como mágica haha mas é engraçado lembrar e, em seguida, meus pais falaram como funcionava a brincadeira.
No aniversário seguinte eu ganhei o playstation 1 mas do valor dele, eu dei uns 80% do valor que, arduamente, juntei do dinheiro da minha mesada.
Lembro-me que meus pais me deram um cadeado e uma chave e disseram que porquinhos eram para poupadores amadores. Pois, ao quebrar o porquinho, você perde a ideia de que aquele sentimento de poupança é algo permanente. Você tem que ter em mente que é algo sólido e que merece toda proteção (cadeado como símbolo) possível.
Quanto à minha carreira, é o Corpo de Oficiais Intendentes que gerencia e conduz as atividades de Administração, Abastecimento e Finanças nas Organizações Militares da Marinha. Atualmente, os oficiais do Corpo de Intendentes são formados pela Escola Naval ou admitidos com graduação em Economia, Administração ou Ciências Contábeis no Quadro Complementar de Oficiais Intendentes da Marinha (QC-IM), podendo ascender até o posto de Vice-Almirante.
Nos postos de Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente e Capitão-Tenente, exercem funções nos navios da Esquadra e Oceanográficos, Distritos Navais, Depósitos Navais, Organizações Militares (OM) do Corpo de Fuzileiros Navais, Bases Navais e Hospitais Navais, dentre outras. Como Oficial Superior, poderão exercer funções técnicas ou de direção de OM, típicas das áreas de Administração, Abastecimento, Finanças, Auditoria e Assessoria da alta administração da Marinha do Brasil.
No curso de especialização, primeiro embarque, são ministradas disciplinas referentes basicamente à licitação, noções de planejamento governamental, gerência e execução financeira, gerência de sistemas de intendência, noções gerais de redes, gerência de abastecimento e treinamento físico militar.
Após concluídos os cursos, os Oficiais do sexo masculino embarcarão em navios e unidades operativas do Corpo de Fuzileiros Navais por cerca de um ano e meio, As Oficiais do sexo feminino seguirão os mesmos passos. Antes, há cerca de um ano, elas iam direto pra diretorias (melhores locais). Agora têm que sofrer também um pouco...
Os Oficiais do Quadro de Oficiais Intendentes da Marinha são ordenados em uma escala hierárquica constituída pelos postos de Segundo-Tenente a Vice-Almirante, e os do Quadro Complementar de Oficiais Intendentes da Marinha, pelos postos de Segundo-Tenente a Capitão-Tenente.
Durante sua carreira, os Oficiais que iniciarem no Quadro Complementar e depois passarem para o Corpo de Intendentes terão a oportunidade de concorrer, em pé de igualdade, às mesmas comissões disponibilizadas aos Oficiais Intendentes formados pela Escola Naval.
Realizarão cursos de carreira e terão oportunidade de realizarem cursos extraordinários em instituições civis e militares no Brasil e no exterior; dirigirem organizações militares; trabalharem no exterior e desempenharem outras atividades de interesse da Marinha. Graças aos cursos e ao desempenho nas suas atividades poderão alcançar os diversos postos da Marinha, chegando por seus méritos ao de Capitão-de-Mar-e-Guerra (IM), ou ainda, por escolha de uma Comissão de Avaliação, ser Almirantee chegar até o posto de Vice-Almirante (IM), o mais alto do Corpo de Intendentes da Marinha.
É isso aí, confrades! Força e Honra! Até uma próxima oportunidade!
Intendência!!!
Abraços!!
Obrigado por compartilhar, IF, essa lição foi bem didática e pretendo passar para os meus filhos (ainda não tenho). Tamos junto irmão, abraço!
ResponderExcluirFala, JP!!
ExcluirTambém pretendo passar pros meus pimpolhos.
Também não tenho filhos mas pretendo ter num horizonte de 6-7 anos... Creio que educação financeira deveria ser disciplina escolar mas enquanto não vira disciplina, eu vou educar meus filhos pra que eles não sejam apenas mais uma sinapse na matrix.
A educação quem vem do berço eu considero mais importante, sabe? Assim, pretenop dar essa formação aos meus filhos... Até porque eu tenho conhecimento nessa area e vou sempre querer o melhor pra eles.
Abraços,
Intendente Frugal.
O exército não é um bom local para homossexuais não, né!?
ResponderExcluirRestam poucas alternativas então.
Anon, eu sinceramente não sei pois não sou do Exército. Sou da Marinha do Brasil.
ExcluirAbraços,
Intendente Frugal.
Ah, eu quis falar das forças armadas em geral, então, a Marinha se inclui no meio.
ExcluirBom post, já vá pensando numa segunda parte onde narre sua experiência pessoal.
ResponderExcluirComo é seu trabalho? Vc fica quanto tempo embarcado? Como é a relação com os superiores e demais colegas? Há muito assédio moral? Você gosta do trabalho? À exemplo do que ocorre com muitos oficiais das FFAA, vc tbm pensa em migrar para o serviço público civil (fisco, tribunais de contas, legislativo em geral etc.)?
Abraço!
Queria saber da questão do assédio moral também que dizem que é muito forte no exército.
ExcluirFala IC!!
ExcluirCara, vou te responder amanhã ou na quinta. Tô muito cansado pra responder com o detalhamento necessário. Espero que não leve a mal. Responderei sem falta.
Abraços,
Intendente Frugal.
Fala, IC!
ExcluirDesculpa a demora...
Entao....por ser intendente, posso trabalhar tanto em navio quanto em terra. Quando em navio pode-se pegar um navio que anda ou em manutenção e isso não depende da gente, normalmente... é bem aleatório. As viagens podem durar um ou dois dias ou até meses, a depender da oportunidade. O relacionamento é como em qualquer outro lugar, há boas e más pessoas mas a diferença é que voce tem "castas" bem definidas e tem que respeitar outras pessoas mesmo que nao goste delas pois há a questao do posto. Voce pode ser obrigado a almoçar com alguem mesmo que não goste dela por uma questao de formalidades, por exemplo... eu acho que sao coisas pequenas mas há quem odeie esse tipo de coisa.
Eu gosto sim do trabalho e a possibilidade de eu sair é minima pois sou muito realizado mas fico mto desmotivado por saber que os cursos de carreira, que sao o define nossa vida aqui dentro, são cursos decoreba e eu sou pessimo de decoreba. Os instrutorees dos cursos sao pessimos e há todo um clima nesses cursos que nao gosto. Alguns militres conseguem acesso a provas passadas e os instrutores nao mudam as questoes por preguiça e isso gera uma desigualdade. Sem contar que há muita cola nas provas e tal... isso é algo que me desmotiva muito. Tirar 9 numa prova de curso de carreira é nota baixa, pra vc ter ideia. Se for pra sair, eu sairia pra trabalhar em auditoria... vejo na pratica diariamente as materias desses concursos..
Abraços,
Intendente Frugal.